segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Ops! O ponto mata !

Três velhinhos viviam juntos. Um dia, um deles morreu. A polícia chegou para saber o que tinha acontecido. O mais falante explicou:
— Ele pegou aquele livro azul e começou a ler. Empalideceu. Suou. Ficou avermelhado, depois roxo e morreu.
Dois dias depois, outro do trio deu adeus à vida. A polícia voltou ao local. O sobrevivente contou:
— Aconteceu a mesma coisa que da outra vez. Ele pegou aquele livro azul, abriu-o, começou a ler. Empalideceu. Suou. Ficou avermelhado, depois roxo e morreu.
O delegado, impaciente, ordenou ao velhinho:
— Apanhe o livro e leia.
Ele seguiu a ordem. Empalideceu. Suou frio. Ficou avermelhado. Quando o roxo se anunciou, tiraram a obra da mão do coitado, fizeram-lhe massagem no coração e perguntaram:
— O que tem esse livro?
— Ah, doutor, o problema não é ter. É não ter.
— Como assim?
— O livro não tem nem uma vírgula, nem um ponto, nem um travessão, nem um parêntese.
Conclusão: a ausência de pontos, vírgulas & cia. mata mais que pneumonia.

Como é?
Além de matar, a falta de sinais de pontuação deixa o enunciado sem sentido. Quer ver? Leia o período abaixo. Ele parece o samba da frase doida:

Maria toma banho porque sua mãe disse ela pegue a toalha.

Desafio
Dê sentido à frase. Com um ponto e duas vírgulas, você mata a charada. Tente:

Maria toma banho porque sua mãe disse ela pegue a toalha.

Eureca
Conseguiu? Para acertar, você precisou se dar conta de pormenor pra lá de importante. Palavras têm a mesma cara, mas significados diferentes. É o caso de era. As três letrinhas podem ser verbo (eu era, ele era) ou substantivo (era Lula, era Bush). O contexto define a acepção.

A pegadinha do teste? São também três letras. Sua: joga em dois times. Um: pronome possessivo (sua casa, sua roupa). O outro: presente do verbo suar (eu suo, ele sua). Oba! Decifrada a charada. Eis o resultado:

Maria toma banho porque sua. Mãe, disse ela, pegue a toalha.

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